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Rubem Alves

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segunda-feira, 17 de março de 2008

O Ideal do Cavaleiro Medieval

O Ideal do Cavaleiro Medieval

A conduta de um cavaleiro era baseada nos seguintes preceitos:
Bravura - Não temer a morte.
Honra - Defender a sua honra e da honra da Cavalaria.
Liberalidade - Distribuir com generosidade os seus bens. Acudir sobretudo os pobres, viúvas e orfãos.
Lealdade - Para com todas as pessoas, inclusive com os inimigos. Um cavaleiro jamais poderia lutar contra um homem desarmado, golpear alguém caído ou atacar alguém pelas costas.
Fidelidade - Para com seu senhor.
Apesar de todos estes preceitos, havia muitos cavaleiros indisciplinados. Isso acontecia porque muitos jovens tinham de se lançar pelo mundo particando pilhagens para garantir a sua sobrevivência uma vez que apenas o primeiro filho de uma família de nobres tinha o direito de se casar. O objetivo de casar apenas o primeiro filho era preservar o patrimônio evitando que tudo fosse dividido entre os descendentes. Assim, somento o mais velho herdava a herança. Os outros tinham de cuidar de sua subsistência fazendo o que eles mais sabiam: lutar.
A conseqüência disso era que para muitos, estes cavaleiros eram agentes do demônio pelo mal que praticavam nas aldeias. Eles sempre andavam em grupo. A idéia do cavaleiro solitário presente em muitos filmes não existia na Idade Média.
Além das pilhagens e das guerras os cavaleiros se dedicavam às competições nos famosos torneios, uma espécie de esporte da época. Esses torneios também não eram da forma como são apresentados nos filmes. A violência era aterradora e quase sempre envolvia os espectadores como numa briga de torcida organizada.
Para conter a violência desses guerreiro a Igreja tentou disciplinar e cristianizar a cavalaria através de rituais cada vez mais requintados, fazendo com que a investitura de um cavaleiro se transformasse numa espécie de segundo batismo. Mas, isso veremos depois.

Fonte: http://carbonocatorze.blogspot.com/2007/10/o-ideal-do-cavaleiro-medieval.html

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