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Rubem Alves

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domingo, 3 de abril de 2011

II Guerra Mundial



Ao fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), observamos que as nações derrotadas foram obrigadas a assinarem acordos marcados pelo pagamento de grandes indenizações e a imposição de retaliações humilhantes. Com o passar do tempo, ao invés de sanar as rivalidades, o cumprimento desses tratados determinaram a consolidação de um sentimento nacionalista voltado para a revanche. Ou seja, as nações derrotadas, principalmente a Itália e Alemanha, fomentavam o desejo de um novo conflito.


Em geral, os países revanchistas foram tomados por tendências políticas que negavam o equilíbrio e justiça do regime liberal-democrático, atacavam a eficácia do capitalismo e defendiam um frenético sentimento de superioridade em relação aos demais povos. Simpáticos ao militarismo, essas correntes políticas acreditavam que suas nações deveriam se fortalecer visando à conquista de espaços que seriam primordiais à conquista de novos tempos de prosperidade.

Na Alemanha, esse discurso tomou força com as ações do líder nazista Adolf Hitler, o qual criticava as humilhações históricas do Tratado de Versalhes e atribuía o insucesso econômico do país em virtude da suposta interferência maléfica da comunidade judaica na economia alemã. Chegando ao poder por meio do voto, Adolf Hitler estabeleceu uma forte propaganda de seu regime, que esteve aliado à abertura de diversas obras públicas que ofereciam trabalho a uma grande massa de desempregados.

Entre os italianos, a semelhante situação de desolação econômica abriu caminho para a organização de tendências políticas antidemocráticas que viriam a combater os democratas e comunistas do país. Sob o comando do partido fascista, os radicais italianos conseguiram atrair diferentes setores da população e impor a chegada do líder Benito Mussolini com a aprovação da monarquia parlamentar italiana. Deste modo, mais um partido ultranacionalista chegava ao poder na Europa.

Mesmo percebendo tais mudanças, consideradas graves no cenário político europeu, Grã-Bretanha e França não tomaram medidas incisivas contra o nazismo alemão e o fascismo italiano. Em um primeiro momento, os governos de tais países acreditavam que o nazi-fascismo poderia ser útil na contenção de um possível avanço do comunismo na Europa. Contudo, os totalitaristas almejavam colocar novamente em disputa os territórios e riquezas perdidos com a Primeira Guerra Mundial.

Por um lado, vemos que o revanchismo se consolidou como uma manifestação direta ao tom desastroso dos tratados do pós-Primeira Guerra. Paralelamente, a grave crise econômica que se instalou na Europa – e que tomou maiores proporções com a crise de 1929 – fomentou o discurso inflamado das correntes totalitárias. Por fim, a morosidade das grandes potências em barrar o nazi-fascismo consolidaram o cenário de tensões que anteciparam a Segunda Guerra Mundial.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Equipe Brasil Escola

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Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/a-segunda-guerra-mundial.htm

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