Sejam bem vindos ao Blog da Profª Sueli

" "Carpe Diem" quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente."

Rubem Alves

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

A covardia e mediocridade on-line

Desamor - Nem Jesus agradou a todos... Porque eu agradaria?


O mundo virtual é realmente o espaço onde os covardes e medíocres aproveitam para demonstrar o seu desafeto, descontentamento e o pior sentimento para o ser humano “o ÓDIO”. Hoje ao visitar o meu blog, eis que me deparo com a seguinte frase: "te odeio". Quem postou? um (a) covarde, pois não foi capaz de se identificar.

Pobre “ser”... Talvez humano, quem sabe quase humano, que ao invés de perder o seu tempo com algo produtivo, vai justamente se tornar presente, aumentando o número de visitantes do meu blog só para manifestar o seu desafeto.
Acredito que você sujeito oculto da oração, com o coração tomando pelo ódio esteja precisando de mais atenção, carinho, demonstração de afeto... Precisa se sentir gente de verdade, só assim você ocupará o seu precioso tempo investindo em você, fazendo coisas das quais realmente gosta, e não visitando o blog de alguém que você odeia.
O que posso sentir por você... Pena, não!! pena é um sentimento muito pobre e estaria “quase” me igualando a você, coisa que não pretendo jamais. No entanto, vou manifestar o meu carinho... quem sabe assim, você aprende a ser menos amargo(a). Espero que da próxima vez, seja corajoso (a), identifique-se, não fique escondido na sua mediocridade. Eu entenderei perfeitamente, pois não somos obrigados a gostar de ninguém, mas devemos respeitar as pessoas independente de gostar ou não.
Sei perfeitamente que você não merece este texto... Eu o fiz por mim, e em respeito às pessoas que visitam esta página no intuito de adquirir e trocar conhecimento. Visitas estas que já passaram dos 10.000 acessos (graças a sua visita também).
Encerro esta postagem com duas frases que cabem perfeitamente para o (a) cidadã (o) dono da frase do meu blog.
"Quanto menor é o coração, mais ódio carrega."
Victor Hugo
“O medo depende da imaginação, a covardia do caráter”
Joseph Joubert

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Estou sem tempo para novas postagens...

Hoje ao visitar o meu blog fiquei triste, pois ultimamente ando sem tempo para deixar as costumeiras postagens. São tantas tarefas (correção de atividades, elaboração de provas, preenchimento de papeis, etc.). Por tais motivos, hoje só deixarei um texto para reflexão.

PEDIDO DE DEMISSÃO
Conceição Trucom


Venho por meio deste, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos.Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.Quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo o que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus ás pessoas queridas e, com elas, à uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu e de que, por isso, tudo está direitinho nesse mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel, que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria" e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
Demita-se você também dessa sua vida chata de adulto, mandando esta mensagem para todos os seus amigos, principalmente os mais sérios e preocupados.
NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!
Extraído do site: SOMOS TODOS UM

domingo, 21 de setembro de 2008

Fique ligado... as eleições estão chegando.

Tas na Zona Eleitoral: conheça a origem das cidades

O jornalista multimídia e blogueiro Marcelo Tas lança um olhar diferente sobre a importância do voto e o que levar em conta para se decidir por um candidato a prefeito ou a vereador. Em vídeo, ele trata dos desafios e responsabilidades de quem concorre a esses cargos públicos e de quem os escolhe. No primeiro vídeo, conheça a origem das cidades.




Fonte:http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/09/16/ult105u6991.jhtm

sábado, 13 de setembro de 2008

Guerra Fria

Paloma,

Atendendo ao seu pedido estou deixando alguns sites interessantes sobre o tema.

http://www.tvcultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/index.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_fria.htm
http://www.suapesquisa.com/guerrafria/
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-fria-inicio.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u31.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u30.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u30.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-fria-crises.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-fria-distensao.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-fria-evolucao.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-fria-ultimos-anos.jhtm

Lelê às margens plácidas


Neste domingo, o meu avô fez duas coisas legais: uma foi que ele me deu uma espada de Darth Vader (que tem uma luz vermelha que é que nem se fosse um raio laser). E a outra foi que ele me levou para no Museu do Ipiranga, em São Paulo.


Lá tem um monte de coisa legal, mas do que eu gostei mais foi de um quadro que é bem grandão. Todo mundo estava em cima de uns cavalos, com uns uniformes brancos e uns capacetes com uns trecos vermelhos.

O meu avô estava começando a me explicar que aquilo ali era o tal grito do Ipiranga quando eu ouvi um barulho estranho.

“Escutou isso, vô?”

“Escutei. Acho que o ar condicionado está com defeito”, ele respondeu.
Mas aí eu senti um cheiro ruim e falei. “Que nada! Foi o senhor que soltou um pum!”

“Eu?! Imagina, Lelê... Você está ouvindo coisas.”

“Ouvindo, não, cheirando!”, eu respondi.

Então aquele fedorzão entrou pelo meu nariz e eu comecei a ficar meio tonto. Até fechei os olhos para ver se passava. Só que, quando eu abri eles de novo, eu já não estava no museu. Estava montado num burrico. E em cima de outro jumento, ali do meu lado, tinha um homem que eu nunca tinha visto antes.

“Quem é você, eu perguntei?”

“Francisco Gomes da Silva, mas pode me chamar de Chalaça.”

“Eu sou o Leocádio, mas pode me chamar de Lelê.”

“Muito bem, senhor Lelê.”
“Para onde a gente está indo?”

“Para São Paulo. É só seguir este riacho chamado Ipiranga que chegaremos lá.”

“Não era mais rápido pegar um ônibus?”

“Ônibus? Nunca ouvi falar.”

“Nunca? Xi..., já vi tudo... Em quando é que a gente está?”

“Em quando? Ora, no dia sete de setembro de 1822.”

“Caramba, dessa vez o meu avô caprichou no pum de pirlimpimpim!”

“No o quê?”

“É um pum mágico que o meu avô..., ah, deixa pra lá.”

Aí eu olhei em volta e vi que tinha uma turma montada nuns outros burricos, todo mundo com umas roupas marrons, bem feias. E do lado do Chalaça tinha um cara com uma roupa melhorzinha. Ele usava uma barba preta e fazia uma cara estranha, igual que nem eu faço quando estou com dor de barriga. Então o Chalaça perguntou para ele: “O jantar de ontem não vos caiu bem, Dom Pedro?”

“Aquela carne de porco com feijões pretos está a me matar”, o cara respondeu. “Acho que vou aos matos aliviar-me.”

Então ele desceu do burrico e entrou atrás duns arbustos que ficavam na beira do riacho.
Todo mundo parou para esperar Dom Pedro. Mas aí, enquanto ele estava fazendo alguma coisa lá no mato, chegou um cara correndo num cavalo. Ele foi até o Chalaça e disse:

“Sou o mensageiro Paulo Bregaro e trago cartas urgentíssimas para o Príncipe-Regente.”

“Da parte de quem?”

“Da princesa Dona Leopoldina e de José Bonifácio.”

Nessa mesma hora apareceu D.Pedro arrumando as calças, e aí foi ver o que eram aquelas cartas.

Depois de ler tudo, ele fez uma cara de bravo e jogou as cartas no chão.

“O que dizem estas folhas, senhor?”, perguntou o Chalaça.

“Elas dão contas das últimas decisões da corte portuguesa em relação ao Brasil. Querem me destituir do cargo de príncipe-regente, tirar-me o poder de nomear ministros e ainda me ameaçam, dizendo que há uma tropa de sete mil praças a caminho.”

“E o que o senhor vai fazer?”, eu perguntei.

“O que tem que ser feito”, ele respondeu. “Vou obedecer ao rei, meu pai, e voltar para Portugal.”
Aí eu pensei que, se ele não proclamasse a independência, não ia mais ter feriado no dia sete de setembro. Então eu disse: “De jeito nenhum! O senhor tem que proclamar a independência do Brasil! Chega de obedecer o seu pai. Você já é grande demais!”

Ele pensou um pouco e disse: “Tens razão!”. Daí ele subiu no seu jumento, foi até o meio do pessoal, arrancou uns laços que estavam na roupa dele e gritou:

“Laços fora, soldados!”.

Todo mundo arrancou os laços da roupa. Eu não tinha nenhum, mas para não ficar chato eu arranquei um botão da minha camisa.

Então D.Pedro fez um discurso que foi meio assim:

"Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil!"

Depois ele se virou para o lado em que eu estava, apontou a espada para o céu e gritou:"Independência ou morte!"

Todo mundo ficou olhando para ele sem saber o que fazer, mas aí, como eu já tinha visto aquele quadro no museu, eu levantei a minha espada de Darth Vader e gritei: “Independência ou morte!"

E aí todo mundo me imitou, levantando a espada e gritando: “Independência ou morte!”

Foi maior legal! Pena que justo nessa hora passou o efeito do pum de pirlimpimpim e eu voltei para o museu.

O meu avô, que não percebeu nada, continuava falando: “... e é por isso que o quadro do Pedro Américo é tão importante, por mostrar como foi o Grito do Ipiranga.”

“É, mas não foi bem assim, não”, eu disse. “O pessoal estava nuns burricos, a roupa não era tão bonita e o Dom Pedro estava com dor de barriga.”

“Bom, tem uns historiadores que falam isso mesmo.”

“E também tinha um garoto com uma espada de Darth Vader.”

“Como é que é?”, ele perguntou.

“Nada, nada..”

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Mito Vargas


Getúlio Vargas é, com toda a certeza, um dos maiores nomes do cenário político brasileiro do século XX. Sua presença e força políticas atravessaram as décadas de 1920, 1930, 1940 e 1950, instalando-se como referência inquestionável após o suicídio, ocorrido em 24 de agosto de 1954. Vargas, durante essa longa trajetória, foi sendo identificado tanto por suas surpreendentes qualidades de estadista – coragem, sabedoria, ousadia –, como por suas características de "homem comum" – simpatia, malandrice, simplicidade –, facetas que o aproximavam ao mesmo tempo dos grandes líderes de seu tempo e do povo brasileiro, o "seu" povo. Ficou conhecido como o "pai dos pobres", o protetor dos trabalhadores, mas também como o presidente em cujo governo trabalhadores foram presos, torturados e até mortos.

Mitos políticos são construções modernas, possíveis quando a política se torna uma atividade central para uma sociedade e quando as "massas" se tornam um ator necessário, porém temido. Mitos políticos, especialmente quando assumem a forma de uma personalidade, cumprem o papel de guias para o povo, devendo ser facilmente reconhecidos e seguidos – nesse sentido Getúlio Vargas foi um grande mito, construído no contexto das décadas de 1930-1940, quando o Brasil se tornava uma sociedade urbano-industrial, entrava na era dos meios de comunicação de massa e não podia mais desconhecer os graves problemas socioeconômicos que inquietavam sua população havia décadas. Mitos políticos exigem intensa e sofisticada propaganda governamental, mas é preciso que o que está sendo propagado faça sentido para a população receptora, vinculando-se à sua experiência de vida, seja direta, seja indiretamente. A construção de um mito, portanto, não é mera obra de mistificação. Por isso, a trajetória política de Vargas é uma excelente oportunidade para pensar sobre as relações entre representantes e representados, sem aceitar a idéia recorrente de que o povo brasileiro é "ingênuo" e continuamente enganado por políticos "cínicos", que defendem apenas interesses pessoais.

Examinemos a história da construção do mito Vargas. Ela certamente começou com a Revolução de 1930. Nesse momento, Vargas era apenas um de um conjunto líderes, embora fosse aquele que iria assumir a chefia do Estado. Pode-se então verificar que a figura de Vargas começa a ser trabalhada como exemplo de presidente quando ele ainda é o chefe do Governo Provisório (1930-1934) e, a seguir, o presidente constitucional do país (1934-1937). A partir daí, a propaganda em torno de seu nome e das realizações de seu governo não param de aumentar. Entretanto, foi só após o golpe do Estado Novo que a preocupação com a construção do mito Vargas chegou a seu auge. Como o regime era autoritário, a intensa propaganda se beneficiou muito da censura, dirigida a todos e a tudo que pudesse ser considerado danoso ao regime e a Vargas. Durante o Estado Novo, cresceram lado a lado propaganda e repressão, quer esta se manifestasse através dos instrumentos da repressão física direta, quer assumisse as feições, nem sempre muito sutis, da censura e também da autocensura.

Diretamente envolvidos no esforço de divulgação da figura de Vargas, estavam o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e também o Ministério da Educação e Saúde. Um tripé que apontava para a centralidade das políticas sociais do regime, mas que também se preocupava em veicular mensagens que causassem impacto pela qualidade e pela diversificação dos recursos a que recorriam. Esses órgãos do aparelho de Estado revelam claramente o tipo de imagem que Vargas desejava criar junto à população. Ela devia ser a de um presidente especialmente atento à situação dos trabalhadores do Brasil e, com igual ênfase, à situação das mulheres/mães, dos jovens e das crianças, que garantiriam o futuro do país. Dessa forma, Vargas materializava um modelo de presidente voltado para a criação e a implementação dos novos direitos sociais do povo brasileiro, que constituíam o coração e o sentido da cidadania social, então preconizada. Esse presidente queria inaugurar um novo tempo nas relações entre Estado e Sociedade no Brasil: elas deviam ser diretas – através de cartas e de cerimônias cívicas –, sem quaisquer intermediários. Povo e presidente deviam estar próximos, deviam confiar um no outro.

Não é casual, por conseguinte, que as ameaças à liderança de Vargas, em meados dos anos 1950, tenham sido entendidas pela população brasileira, especialmente pelos pobres e trabalhadores, como uma ameaça ao presidente que havia enxergado o povo e aos direitos sociais aos quais seu nome sempre esteve ligado. Também não foi por acaso que esse povo chorou e se revoltou com a notícia de seu suicídio, atacando os antigetulistas e surpreendendo a muitos com sua raiva e sua dor. Para lidar com a política e os mitos políticos, é preciso entender que eles não cabem em esquemas simples e maniqueístas, e que sempre perdemos muito ao tentar fazer isso. Vargas é, nessa perspectiva, um exemplar mito político.

Ângela de Castro Gomes